segunda-feira, 29 de novembro de 2010

j jesus

AS ENCRUZILHADAS DE JESUS


A famosa frase do prof. Abel Salazar, "o médico que só sabe medicina
nem medicina sabe", pode bem adaptar-se ao treinador de futebol Jorge
Jesus, a sofrer amargos de boca por se ter metido em altas cavalarias,
para as quais anda muito longe de estar preparado.


De facto, a verdade nua e crua é que Jorge Jesus não é, nem está a
caminho de ser, um grande treinador, para tanto lhe faltando aspectos
essenciais. O conjunto de circunstâncias favoráveis, algumas nada
desportivas, que o alcandorou aos louros de campeão, nunca poderá
disfarçar as suas limitações.


É que ser-se treinador de uma grande equipa, hoje, exige conhecimentos
que vão muito para além do mero chuto na bola, e se a pessoa em apreço
tivesse a noção disto, quando começou a ter algum sucesso, teria
investido na sua formação geral, que, como qualquer pessoa atenta pode
verificar, exibe demasiadas lacunas para poder entender o complexo e
dispendioso brinquedo que lhe puseram nas mãos.


Quando Artur Jorge foi campeão europeu, pouco tempo depois foi
contratado por um clube francês. Não me recordo agora qual o clube nem
o patrão, mas lembro-me de este ter dito que era um privilégio ter um
treinador com quem podia falar de tudo à vontade, até de futebol…

E se é verdade que não é realista exigir a todos o "background"
cultural de Artur Jorge, também não é mentira que homens como J. Jesus
jamais poderão ir muito longe.


GÓRGIAS