AINDA A GRÉCIA
A pretensa superioridade governativa que os contentinhos da situação portuguesa se esfalfam por tentar demonstrar, usando abusivamente a Grécia como exemplo de mau caminho, não revela outra coisa que não seja a sua pequenês.
É evidente que se regozijam que à Grécia seja imposta a razão da força contra a força da razão que assiste aos governantes gregos, não perdendo nenhuma ocasião para se colocarem em bicos de pés.
O estranho conceito de democracia imposto aos gregos, que começou pela pressão obscena sobre a campanha eleitoral, com ameaças claras de que tivessen cuidado com o seu voto, a que se seguiu a intolerável retaliação que temos visto, vem dando da Europa uma imagem bem chocante.
Termino com uma citação do poeta inglês John Donne:
Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do Continente, uma parte da Terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um Promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do género humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.
GÓRGIAS
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