sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

CARTÃO

E SE OLHÁSSEMOS POR NÓS ABAIXO…


O que, no momento, está a dar, é a questão do cartão do cidadão que
não permitiu a alguns exercer o direito/dever de voto, e será tanto
mais explorada quanto não for rapidamente desmontado o embuste, que
parece já haver quem queira fazer render, de que tal incidente é
responsável pela indigente votação alcançada pelo PR eleito.


Eu também possuo o novo BI e não tive qualquer problema em votar.
Bastaria um simples exercício, àqueles que agora reclamam, que era,
uns dias antes, ter ido à sua Junta de Freguesia procurar saber em que
Assembleia de Voto poderiam fazê-lo…


Infelizmente, um dos nossos atavismos é estar sempre à espera de que
alguém faça por nós o que nós próprios podemos e devemos fazer. Cabe
aqui uma frase lapidar, de que não recordo agora o autor. "Se
realmente queres mudar o Mundo, começa por mudar a parte dele que
melhor conheces: tu próprio!"


GÓRGIAS

ELEIÇÕES

BEM DIFÍCIL ENTENDER ISTO


Não paramos de nos queixar de que as coisas vão de mal a pior, seja
qual for o sector da vida nacional, mas quando temos oportunidade, no
importante exercício da Democracia que são as eleições, de mudar os
protagonistas, deixamos que tudo fique na mesma!


Em crucial momento da sua história, cansados de miséria e de trabalhar
para sustentar oligarquias corruptas, milhões de brasileiros decidiram
confiar o poder supremo a um modesto operário, homem com pouca
instrução académica mas catedrático na escola da vida. O resultado
surpreendeu o mundo inteiro: O Brasil deu passos de gigante em todas
as frentes e na distribuição da riqueza produzida..


Por cá, chegado o momento de decidir, mais de metade demite-se do
dever cívico; dos restantes, mais de metade fica tão embasbacada com
um prof. doutor, que nem lhe ocorre questionar as incongruências do
homem.


Aí pelos anos oitenta, na RTP, era muito popular um programa semanal,
protagonizado por uma parelha de cómicos, que parodiava um casal de
bêbados, que repetia com alguma graça este estribilho: Este país é um
colosso. Está tudo grosso, está tudo grosso…


GÓRGIAS

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Eanes

APOIO DE RAMALHO EANES A CAVACO


Ramalho Eanes está, julgo que pela segunda vez, numa campanha de
cavaco. É sabido que sempre se entenderam bem e que o extinto PRD,
dito eanista, fez a Cavaco o grande favor de fazer cair a seu primeiro
governo, que era minoritário, de que resultaram eleições que lhe deram
a primeira maioria absoluta, mas também o princípio do fim daquele
partido, que, desde então, nunca mais se encontrou.


Estando Eanes, em termos de estatura moral e cívica, nos antípodas de
Cavaco, que não passa de oportunista sem escrúpulos, só algo muito
difícil de entender contra a esquerda, que, de resto, foi quem sempre
o apoiou nos momentos mais difíceis, poderá justificar o reiterado
apoio do general a um homem que tantos estragos tem causado a
Portugal…


Na verdade, enquanto Cavaco se vê obrigado a grasnar ao megafone: eu
sou sério e "hònesto", eu sou sério e "hònesto", Eanes nunca precisou
de recorrer a tão triste espectáculo. E aquela parte dos cidadãos
minimamente culta e informada, sabe que quem realmente é sério não
precisa de o apregoar constantemente, até porque não há nenhum
vigarista que diga que o é.


Sabe-se como Eanes exerceu, em período realmente difícil, dois
mandatos cuja dignidade nunca ninguém se atreveu a pôr em causa. E
sabe-se como recusou as dragonas de marechal com que lhe quiseram
enfeitar os ombros. E sabe-se como recusou uma elevada quantia, que,
depois de ter deixado as funções de PR, foi decidido que lhe era
devida, no âmbito da carreira militar.


Não existe, portanto, qualquer similitude entre um homem que realmente
serviu com invulgar verticalidade e um reles politiqueiro, alma de
lodo que não compreende as funções que desempenha senão pelos
proveitos materiais que daí lhe advenham.


GÓRGIAS

Eanes

RECORDANDO BERTRAND RUSSELL


Num tempo em que, mais do que nunca, a ganância do ter se sobrepõe ao
ser, permitam-me lembrar a mensagem que Bertrand Russell legou à
humanidade futura, passados que são já quarenta anos da sua morte.

"Gostaria de lhes dizer que temos, graças aos conhecimentos actuais,
poderes jamais alcançados pelo homem. Podemos utilizá-los para o bem
ou para o mal. Serão bem utilizados se nos compenetrarmos de que a
humanidade é toda ela uma família, e de que podemos ser todos felizes
ou todos infelizes.
Já lá vai o tempo em que uma pequena minoria podia viver feliz à custa
da miséria das grandes massas. Já ninguém se sujeita a uma tal
situação, e temos de aprender a aceitar a ideia de que o nosso vizinho
também tem direito a ser feliz, se nós próprios queremos ser felizes.
Estou convencido de que, se todos forem educados inteligentemente, não
terão dificuldade em considerar a felicidade alheia como condição
essencial para a felicidade própria.
Às vezes tenho visões de um mundo de seres humanos felizes, onde não
há opressores nem oprimidos. Um mundo de seres compenetrados de que os
seus interesses excedem os interesses da competição, e esse mundo pode
existir se os homens quiserem" .

GÓRGIAS

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Rogeiro

A DÍVIDA E A VIRTUDE

É por demais conhecido o ciúme dos americanos em relação à moeda
europeia, coisa que os leva às mais descaradas manobras para que o
euro não tenha sucesso.
E como não lhes convém chocar de frente com os mais fortes, recorrem à
estratégia covarde de bater em aleijados, com o claro objectivo,
esperemos que vão, de que, a seguir aos mais fracos, tudo se desmorone
por efeito dominó.
Notável, a este respeito, o artigo de Nuno Rogeiro acerca do que vêm
dizendo "bruxos" como Paul Krugman. É que esta gente, em coro com as
célebres três agências, quer fazer esquecer, com o ruído que produz, a
sua conivência no descalabro que, da pátria do capitalismo, se
disseminou para o Planeta inteiro!

GÓRGIAS

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

homo

ESTRANHA FORMA DE VIDA


Apesar de, segundo se julga saber, ser tão antiga como a própria
humanidade, a homossexualidade, em ambos os géneros, a todo o momento
se nos revela obscena e contra natura, e tanto mais quanto os seus
praticantes se excedem no exibicionismo das suas bizarrias.

O suspeito de ter morto, com requintes de selvajaria, um conhecido gay
português, podia ser seu neto e, segundo as mais diversas opiniões,
não era conhecido como seu "namorado", antes pelo contrário, era
"mulherengo"…

Segundo revelam as notícias, a famosa figura tinha Nova Iorque como
seu "fetiche", mas não é de crer que lá gozasse de qualquer
notoriedade, sendo abusivo pretender que poderia introduzir o rapaz na
alta roda da moda.

Assim, servindo-se da natural ambição do jovem em ser alguém como
modelo, pode ter-lhe feito promessas que não tinha condições de
cumprir, com a reserva mental de poder ter acesso a "carne fresca",
expressão repugnante que ainda há pouco ouvi a um tal Serzedelo.

Como uma desgraça nunca vem só, revelando a falsa escala de valores
com que a juventude de hoje se faz adulta, o rapaz escolheu a pior
forma de sair da embrulhada em que se deixou embarcar.


GÓRGIAS

sábado, 8 de janeiro de 2011

Fwd: cartas

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                       QUE PAÍS É ESTE, SR. PROFESSOR ?


Já cá faltava a "parábola" da pessoa comum que se dirige ao político
da sua simpatia verberando o comportamento dos concorrentes… Já tinha
havido a estória da velhinha, a do Zé e agora surge a do emigrante que
se dirige a sua excelência, triste e desapontado:" mas que país é
este, sr. professor ?" .


E a verdade é que se este "sr. professor", que tem de si próprio tão
elevado conceito, tivesse a mínima noção do que anda a fazer, vendo
que nada resolveu e sabendo que nada vai resolver, pela simples razão
de que aquilo em que ele se autoproclama de competente, como
Presidente da República não lhe serve para nada, não se tinha
recandidatado!


Se realmente este "sr. professor" tivesse a verdadeira noção dos
limites e do ridículo, pararia por aqui, deixando de contribuir para
que o país se degrade ainda mais. Poderia dar início a um exercício
muito útil para o futuro, que seria tentar explicar ao seu povo a
razão por que, a seu ver, a sua "escola" política descambou num
alfobre de malandragem.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

campanha

SENDO VERDADE QUE QUEM NÃO DEVE NÃO TEME…


O homem empertiga-se todo, faz caretas, esgares penosos de se verem,
chama nomes feios ao adversário, só porque este, legitimamente, lhe
coloca questões simples e claras.


Mas como a verdade objectiva é capaz de ser embaraçosa, porque gente
que em tempos tutelou tem andado envolvida nas mais escabrosas
falcatruas, de que também poderá ter beneficiado, mesmo que
involuntariamente, acha que é suficiente dizer que está para nascer
alguém mais sério do que ele e não responde como é devido…


Já era assim quando governava. Sempre que as instituições criadas para
evitar os abusos do poder o questionavam, chamava-lhes "forças do
bloqueio"; sempre que a Oposição, no Parlamento, o alertava para a
corrupção que grassava, berrava "isto aqui não é o Uganda"!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

ELEIÇÕES

TEMOS DADO O PODER A QUEM NÃO É DIGNO DELE

Cansados da miséria e do trabalho escravo para sustentar oligarquias
corruptas, os brasileiros decidiram, em boa hora, dar o poder a um
trabalhador com pouca instrução académica, mas catedrático na escola
da vida.

Os resultados são por demais conhecidos. O modesto metalúrgico, que os
oligarcas e seus lacaios tudo fizeram para desqualificar, chamando-o
de vagabundo e comunista, colocou o Brasil no mapa mundial, batendo o
pé em todos os fóruns importantes, fez crescer o país e começou a
distribuir a riqueza produzida, fazendo-a chegar a milhões de
compatriotas com fome.

Ao fim de dois mandatos de alto sucesso para o Brasil, se a lei o
consentisse, seria "automaticamente" reeleito. Era tal a percentagem
de que gozava entre o seu povo, que até se deu ao "luxo" de dizer em
quem deveriam votar para lhe suceder…

Mas este bom exemplo não nos serve para nada. Não só o nosso sistema
não permite ao presidente poderes executivos, como somos um povo sem
respeito por si próprio, que dá o poder a qualquer tratante em função
da clubite partidária. De facto, mesmo que haja a certeza, pelo
historial, de que o gajo é mesmo um filho da mãe, relevamos tudo com a
satisfação de que, ao menos, é o nosso filho da mãe!


GÓRGIAS

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

export

FAZER AS COISAS COM EFICÁCIA E EFICIÊNCIA

Fazer com eficácia e eficiência quer dizer isto: eficácia, fazer a
coisa certa; eficiência, fazê-la bem feita. É isto que têm vindo a
fazer os nossos têxteis, vestuário e calçado, entre outros, com os
consoladores resultados que se vão conhecendo.
E como dá gozo saber que alguns dos que nos trocaram pela China, na
mira do lucro a todo o custo, deram com os burros na água e começam a
regressar, não diria envergonhados pela ganância, porque tais
sentimentos não afectam esses negociantes, mas um pouco embaraçados…
É que não é regredindo aos tempos da primeira revolução industrial,
que é o que se verifica na China actual, no que ao tratamento da força
de trabalho concerne, e que os ultraliberais também querem fazer
connosco, que se consegue alta produtividade e qualidade naquilo que
se produz.
De nada serve dizer, como fazem alguns empresários, que os
trabalhadores são o seu principal activo, se isso não é demonstrado na
prática, respeitando-os como seres humanos e pagando um salário que
lhes permita viver com dignidade e os motive a ser leais à empresa e a
fazer cada vez mais e melhor.
GÓRGIAS

sábado, 1 de janeiro de 2011

campanha

HAJA ESTÔMAGO PARA VOTAR NAQUILO !

A execrável figura que faz de presidente desta República acaba de
fechar, à sua maneira, os debates da pré-campanha.
Quem o conhece há muitos anos, e foge à promiscuidade dos clubismos
partidários, sabe que, para além da sua auto-proclamada sapiência em
economia, é um sujeito inculto, sem vergonha, sem carácter e sem
princípios, enfim, capaz de qualquer canalhice para enganar a populaça
que, na sua ancestral ignorância, transforma em bonzos os mais
execráveis mostrengos .
A baixeza moral revelada, mais uma vez, no frente a frente com Manuel
Alegre, atacando os gestores da CGD que foram destacados para o BPN, é
apenas mais um episódio chocante e demonstrativo de como a criatura
não olha a meios para atingir os fins.
Pretendendo atacar o Governo, atacou, da forma mais ignóbil, gente que
o apoia e já participou em governos seus, mas não diz uma palavra
acerca do mal que fez no BPN a corja que também foi criação sua.
A coisa é tanto mais grave quanto a indigna figura usa, da forma mais
maquiavélica, a ignomínia como se fosse verticalidade!

GÓRGIAS