sábado, 16 de julho de 2011

melros

NEM MELROS CANTAM NESTES ARVOREDOS…


Com o falacioso argumento de que causam estragos na agricultura,
parece que vai ser autorizada a caça ao melro! Nidificando em locais
acessíveis ao predador humano, esta maravilhosa ave já sofre tais
revezes na sua reprodução que só faltava agora mais esta…


Já é difícil ouvir-se uma rola cantar nas nossas matas, como resultado
da razia que os caçadores lhes têm feito. A ir em frente a mesma
selvajaria com os melros, seremos cada vez mais um povo de "grunhos"
que só vê um lado das coisas.


Queira Deus que tal barbaridade não nos leve da fartura à fome e
tenhamos de chorar-lhes a falta, como o grande poeta de Ponte de Lima,
António Feijó, quando representava Portugal na Suécia:

Terras do Norte, meu longínquo exílio!
Águas tranquilas, pinheirais, rochedos…
Por estes bosques nunca andou Virgílio,
Nem melros cantam nestes arvoredos…


GÓRGIAS

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