domingo, 6 de maio de 2012

"POBRE E EM REDUZIDA QUANTIDADE"


O que se lê no JN, acerca do que comem as crianças, nas escolas, é
assunto muito sério. E o que parece ficar claro, na reportada
situação, é que as empresas do ramo, para ganhar o concurso, "esmagam"
até ao impraticável, confiando que as crianças tudo engulam…Mas aquilo
que nos é mostrado mais parece daqueles concursos em que os chefs
exibem a sua criatividade, com um "nico" de comida no meio do prato e
umas pintinhas à volta.


Na verdade, é tão incomodativo um prato a transbordar como deprimente
o que se vê na foto. As crianças, pessoas em fase de crescimento e com
imensa actividade física e mental, têm necessidade de cuidados
alimentares que não se compadecem com os critérios de rentabilidade da
indústria da comida.


Oxalá não estejamos a regredir ao tempo em que comia quem tinha e
levava de casa, com professores confrontados com crianças mal vestidas
e subnutridas, havendo histórias como a do miúdo que se lamentava, ao
pai, por ser constrangido a dizer na escola que só comia sopa, ao que
o progenitor, pobre bem humorado, lhe mandou que, da próxima vez,
dissesse ao mestre que tinha comido lagosta; mas quando este,
desconfiado, quis saber se comera muita, o pobrezinho respondeu "três
tigelas" …



GÓRGIAS

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