domingo, 6 de maio de 2012

QUANTA MUDANÇA, DESDE AMADIS DE GAULA


"Duas coisas há nos homens que os costumam fazer roncadores, que são o
saber e o poder", dizia o padre António Vieira.
Que o novo director do CCB, como cidadão e homem da cultura, não
concorde com as regras do novo acordo ortográfico, estará no seu pleno
direito; tendo aceitado um cargo de responsabilidade num organismo
tutelado pelo Estado, que não tem poder para fazer retroceder o
acordado, demonstra uma arrogância que nem o estatuto de "saber" até
hoje granjeado poderá sustentar.


"Os grandes escritores têm a sua língua; os pequenos a sua gramática",
disse não me lembro quem… E se não se pode considerar Vasco Graça
Moura um "pequeno" no mundo das letras, espadeirar contra esta mudança
coloca a sua luta ao nível do quixotesco.


Desde o linguajar dos primórdios da nacionalidade até hoje, quantas
alterações não sofreu já o Português, sendo esta apenas mais uma, a
que outras se seguirão, se calhar ainda antes de nos termos habituado
à última…


GÓRGIAS

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