HOMENS DEMASIADO COMUNS
Quando Marcelo Caetano assumiu o cargo de presidente do conselho, na
sequência da incapacidade de Salazar, sobressaiu do discurso de posse,
atentamente ouvido por muitos, que o país se habituara, por décadas, a
ser governado por um homem de génio, tendo chegado o momento de se
resignar a ser governado por homens comuns.
Quanto ao génio daquele outro senhor, a situação em que nos
encontrávamos, em parâmetros como mortalidade infantil e saúde em
geral, nível de escolaridade, habitabilidade das casas e segurança
social julgo serem suficientes para o avaliar, pesando a situação
actual largamente a favor do regime democrático que se tem vindo a
consolidar.
Mas é inegável que se génios tem havido, cá dentro e lá fora, serão
apenas génios do mal, capazes das mais demoníacas atitudes em prejuízo
da dignidade dos povos, sendo infelizmente demasiado comuns aqueles
que detêm o poder de mudar o mundo para melhor.
GÓRGIAS
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