quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

debates

A FOME PROVOCA INDIGESTÃO A CAVACO ?


Ver Cavaco nos debates televisivos tem sido confrangedor. As caretas e
os esgares que a criatura faz, quando não tem argumentos válidos para
responder às questões que lhe são colocadas pelos concorrentes, são de
dar volta ao estômago. "Eu não sou responsável nem corresponsável pela
situação a que se chegou, teve o despautério de dizer.

Apetece responder como Lula da Silva acerca da OPEP, quando ponderava
se valeria a pena o Brasil entrar naquilo: "quando o petróleo sobe, a
OPEP diz que não é ela, quando desce, diz que não é ela, então para
que serve ? ".

Na verdade, entre as desgraças que têm acontecido a este pobre país,
Cavaco ocupa lugar de relevo.
Dizia um economista, no auge do cavaquismo, que, segundo as
estatísticas comunitárias, dois milhões e meio de portugueses passava
mal, e que a maior parte dos artigos publicados sobre a pobreza eram
escritos por burocratas interessados em fazer caridade com dinheiros
públicos e fazendo-se pagar altos salários por isso.

E que os fundos vindo da União Europeia para combater a pobreza
dificilmente contribuiriam para a eliminar. Dado o nível de vida
português ser 56% da média comunitária, se o país mantiver uma taxa de
crescimento igual à dos outros países vai manter este nível de vida
indefinidamente.

È por isso que o programa de convergência deste governo é muito mau,
porque, com ele, a única coisa certa que temos é que Portugal
permanecerá, para sempre, na cauda da Europa.

Quando o último Governo de Cavaco caiu de podre, a situação era tal
que o seu sucessor se viu na necessidade de criar o famigerado
Rendimento Mínimo, para mitigar a fome que se vivia, medida que, mais
tarde, Durão Barroso haveria de classificar de importante e que foi um
erro não ter sido tomada pelos governos de Cavaco.

Agora, sacudindo a água do capote, Cavaco grita que a fome é uma
vergonha para os políticos. Pois é !


GÓRGIAS

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