segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

impostos

ATÉ O AR QUE RESPIRAMOS PAGA IMPOSTO

Para explicar a teoria do caos, o cientista usa imagens tão simples
como esta: uma borboleta bate as asas em Hong Kong e provoca uma
tempestade em Nova Iorque. Isto, à primeira vista inverosímil, tem o
condão de excitar a curiosidade para se querer saber mais.

A Faculdade de Economia do Porto encontrou quarenta mil milhões fora
do controle do Estado. Neste saco são metidos os grandes tubarões da
economia subterrânea, gente da maior respeitabilidade social, mas que
nunca enjeita uma boa negociata e ao mínimo aborrecimento ameaça logo
mudar a sede fiscal das empresas para outro país, e os pequenos
artesãos, pequenos lavradores e outros deserdados que não possuem
mentalidade de parasitas da sociedade e aproveitam todo o tipo de
trabalho decente que lhes possa render uns trocados.

Ora bem: estes últimos mereciam uma estátua, não só porque os serviços
que prestam ajudam pessoas que, muitas vezes, não têm a quem recorrer,
em tempo útil, como, estando ocupados, não incubam neuroses e vícios
de todo o tipo, que acarretam altos custos para a sociedade. E sendo
sabido que, anualmente, abrem e fecham muitos milhares de pequenos
negócios, por serem incomportáveis as exigências que lhes fazem, fica
claro que não querem trabalhar sem regras.

A dita fuga aos impostos, neste tipo de actividades, é uma mentira
fácil de desmontar, desde logo porque, na sociedade actual, o cidadão
paga impostos a cada minuto das vinte e quatro horas do dia, pois até
de noite, quando descansa, os lençóis que rompe custam impostos, a luz
que acende para ver as horas ou ir à casa de banho e a água que gasta
quando puxa o autoclismo e lava as mãos custam impostos, e até o ar
que respira já custa imposto, porque ele é tão mau que, provocando
doenças várias, implica médicos e remédios que também pagam impostos.

E o cidadão amigo do trabalho, que presta aqui e ali pequenos serviços
informais, para os poder executar precisa de meios que pagam impostos,
como vestuário, ferramentas, materiais de substituição, gasolina e
desgaste da viatura para se deslocar, enfim, TUDO PAGA IMPOSTO!

GÓRGIAS

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