sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

debates

TÃO BOM É O QUE ROUBA COMO O QUE FICA À PORTA

Em mais um elucidativo debate televisivo, em que o ex homem do leme
não deixou dúvidas acerca do seu carácter, ficámos a saber que está
para nascer quem se lhe compare…
Em qualquer país decente, o chefe máximo assume a responsabilidade por
tudo que acontece a jusante, mas aqui só o que for a crédito é que o
nosso génio da economia chama a si; tudo quanto seja negativo não é de
sua responsabilidade.
Os exemplos da sua falta de grandeza moral a cívica são tantos que
difícil é escolher. Ainda não há muito tempo, quando esteve na
República Checa, o presidente daquilo se fartou de o picar por causa
do nosso défice das contas públicas, mas o nosso "timoneiro"
limitou-se a fazer um dos seus esgares, engoliu em seco e disse, com o
costumado desplante, que não era culpa dele.
Do alfobre de malandragem que foi o cavaquismo, cujo mal causado ao
país iremos pagar por muitos anos ainda, constava um tal Cardoso e
Cunha. Este personagem, que andou pelo Governo, pela Comissão Europeia
e pela expo não sei quantos, 98, se bem me lembro, quando o cavaquismo
ruiu fragorosamente, ocupava o lugar de "manda-chuva" neste último
evento.
A prosápia e postas de pescada arrotadas pelo tal Cunha, que, acerca
da sua meritória acção, chegou a dizer que merecia uma estátua, foi ao
ponto de obrigar o ministro que o tutelava a pôr-lhe uns patins.
Durante uns anos foi mantido a uma distância segura dos dinheiros
públicos, mas quando Durão Barroso se tornou primeiro-ministro, eis
que o homem é colocado na TAP, onde começou logo a torpedear o
trabalho sério e profissional que o brasileiro Fernando Pinto vinha
realizando e era reconhecido por todos os quadrantes.
Fica a crédito de Santana Lopes (alguma coisa de útil haveria de
fazer…) através do ministro António Mexia o sujeito ter sido corrido a
tempo da TAP. E querem saber mais? Pouco tempo depois surgiram nos
media notícias de que este indómito "servidor" público havia pedido
falência pessoal!
Moral da história: Claro que só o clientelismo partidário pode
explicar que um indivíduo, que nem competência tinha para gerir a sua
vida pessoal, andasse tantos anos nos mais diversos cargos de
responsabilidade pública.
GÓRGIAS

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