terça-feira, 9 de agosto de 2011

regionalização

CRISTÃOS NOVOS DA REGIONALIZAÇÃO


A regionalização adiada para as calendas é um dos temas que cabem no
que Rui Rio acaba de dizer: muitas vezes não se deixa fazer para, mais
tarde, poder acusar o adversário de não ter feito!


Guterres não se cansava de dizer que muito do enorme poder concentrado
no Governo podia e devia ser confiado a uma entidade mais próxima dos
problemas que afligem as pessoas, mas o então líder da Oposição, que
ainda hoje se congratula com a grande "vitória" que foi a derrota da
descentralização, desunhou-se para que o projecto do então
primeiro-ministro não tivesse vencimento.


Ainda hoje recordo bem o grotesco do argumentário usado para ludibriar
as massas ignaras e essa coisa quase obscena que foi ver um Paulo
Portas com Mário Soares ao colo o tempo todo…


GÓRGIAS

tesourinhos

"TESOURINHOS DEPRIMENTES" MATAM A DEMOCRACIA


Estando há muito assente que não há democracia sem partidos que
representem todo o povo, não deixa de ser preocupante que tão pouca
gente se sinta hoje representada nos partidos que temos, apesar de
muitos…


Na verdade, tirando os carreiristas e oportunistas de toda a espécie
que se desunham nas campanhas sem qualquer idealismo, mas apenas na
mira de lugares bem pagos por todos nós, os grandes comícios, de resto
cada vez menos grandes, mostram gente carreada de longe, grande parte
dela aproveitando apenas o passeio, porque viagem e comida foram pagos
pelo partido, como muitos confirmam quando interrogados pela CS.


E a descrença cada vez maior, em que estes partidos resolvam seja o
que for, é da sua inteira responsabilidade. A deplorável prática de um
partido vencedor das eleições começar a ser torpedeado logo no momento
de formar Governo, quer dizer, ainda não tomou posse e os ministros
indigitados já estão a ser descredibilizados, seguindo-se depois no
Parlamento toda uma luta visando derrubá-los o mais depressa possível,
cada opositor garantindo ter a solução que mais interessa ao país,
seguramente que nada tem de respeito pela Democracia!


GÓRGIAS

silvestre

O MAIS FÁCIL É DIZER: SOMOS ASSIM!


As normas estipulam que se deve tirar o carregador, puxar a corrediça
atrás e depois fazer o disparo para o ar ou zona segura, mas o
"camarada Silvestre" era conhecido por brincar em serviço, apontando à
própria cabeça!


O "camarada Silvestre" era um profissional da GNR. E era useiro e
vezeiro em tal sandice à frente de outros profissionais da GNR, que,
ao que parece, não fizeram em tempo útil o que deviam…


GÓRGIAS

toffler

NADA DO QUE NOS ACONTECE ERA IMPREVISTO


Num livro saído e muito comentado há trinta anos, o seu autor, Alvin
Toffler, dizia coisas assim:


"Desmembrando a nossa família, abalando a nossa economia, paralisando
os nossos sistemas fiscais e destruindo os nossos valores, a "Terceira
Vaga" afecta toda a gente. Desafia todas as relações de poder e os
privilégios e prerrogativas das elites e fornece o pano de fundo
contra o qual se travarão as lutas chave pelo poder de amanhã" .


"Em sector algum é a obsolescência mais perigosa do que na vida
política. E em campo algum encontramos menos imaginação, menos
experimentação, menos disposição para encarar mudanças fundamentais".


"Vemos a política-como-de-costume de grupos a lutar entre si para
obtenção de benefícios pessoais, o que explica por que motivo os
nossos partidos políticos, tão obsoletos em estrutura como em
ideologia, se parecem tanto uns com os outros".


"Sabemos que a instabilidade social e as incertezas políticas podem
soltar energias selvagens e lembramo-nos da frequência com que o
totalitarismo tem irrompido de intenções nobres. Quanto mais cedo
começarmos a conceber instituições políticas alternativas, tanto
maiores serão as nossas possibilidades de uma transição pacífica".


GÓRGIAS

vacuidades

NÃO VAMOS LÁ COM ENCENAÇÕES E VACUIDADES


Uma coisa é vermos e sentirmos nos governantes um comportamento
realmente exemplar; outra, bem diversa, é a encenação de gestos tanto
mais ridículos quanto os seus autores fazem questão de realçar como
sendo para dar o exemplo, como foram as propagandeadas cenas da viagem
em "económica" , a dispensa da gravata e o ministro que queria ser
tratado pelo nome próprio.


Não era para alardear, dizia o primeiro-ministro, a rir-se para
dentro, como se não fosse para isso que são contratados, e para todos
pagarmos, os acessores de imprensa…


Porque o momento que atravessamos é demasiado sério, esperemos que
"brincadeiras" deste tipo não venham a dar razão àquela lei de Gresham
que diz: "O que é trivial é prontamente tratado; os assuntos
importantes nunca são resolvidos".


GÓRGIAS

villas-boas

NÃO TEMOS DÉFICE DE TREINADORES


A ida de Villas-Boas para Inglaterra, não agradando aos fanáticos do
clube que acaba de deixar, é uma coisa boa para ele e também para o
país.


Na verdade, havendo vários países e exportar para cá bandidos,
orgulhemo-nos de exportar competências positivas, sobretudo, como é o
caso, numa área que não nos penaliza, porque temos fartura.


No seu básico linguajar, os "Madureiras" da vida chamam-lhe nomes
frios, mas seria interessante ver o que fariam se tivessem algum valor
que os fizesse assim solicitados…


GÓRGIAS

sónia

TODA A VIDA É UM BEM PRECIOSO


Na casa de uma actriz ocorre uma explosão que deixa tudo esventrado e
causa na vizinhança graves danos. A rapidez dos socorros salva-lhe a
vida e a excelência dos cuidados médicos tem-lhe permitido recuperar
depressa.


Mas à sociedade, que paga tudo isto, e àqueles que viram os seus bens
destruídos, são devidos reparos e esclarecimentos que não deixem
dúvidas quanto à origem do sucedido.


È que os problemas de que a pessoa envolvida se queixava são demasiado
pequenos para o mal causado, mas o que deixou escrito, mais o que os
investigadores já terão encontrado, não irão facilitar-lhe as coisas.
Como quer que isto termine, que Deus a ajude a entender como milagre,
e não azar, não ter perdido a vida!


GÓRGIAS

khan

STRAUSS-KAHN EM MELHORES LENÇÓIS…


Quando começou a circular informação de que o director-geral do FMI
fora detido por ataque sexual a uma empregada do hotel onde estava
hospedado, uma coisa desde logo me cheirou a esturro: como é que num
hotel, ainda mais daquele nível, alguém entra para arrumar com o
cliente ainda lá dentro ?


É que tendo tido, ao longo da minha vida profissional, necessidade de
ficar em hotéis, com mais ou menos estrelas, nunca vi irromper quarto
adentro qualquer arrumadora…


E esta minha desconfiança encaixava na teoria daqueles que logo
alvitraram uma cilada política, sabido como era que DSK se afoitava à
presidência da França. Sabendo os "Maquiavéis" que ele se demenciava
na presença de mulheres, ter-lhe-ão atravessado à frente uma dessas
alminhas que vieram ao mundo para o emporcalhar e o homem "se danou
todinho" , como diria um amigo meu "brasileiro" .

GÓRGIAS

submarinos

ESTES POLÍTICOS QUE NOS TRAMAM E CANSAM


Quando Paulo Portas e a sua equipa nos contemplou com os famigerados
submarinos, o seu primeiro-ministro clamava no Parlamento que o país
estava de tanga. Agora que, acerca dessa compra, sabemos coisas nada
condizentes com o rigor, transparência e competência que vem pregando,
como quer que o não vejamos entre os que desacreditam a classe
política ?


No momento em que se lhes perspectiva o regresso, é bom lembrar que
foi há meia dúzia de anos apenas que negócios como o referido, e
outros nada ortodoxos, tiveram lugar, no curto período em que lhes foi
permitido ocupar cargos de governação, não sendo descoco imaginar as
tranquibérnias que se seguiriam se lhes tivessem dado mais tempo…


GÓRGIAS

tempestade

A TEMPESTADE E A CORDA


Pode ser mal comparado, mas a nova relação do PR com o PM lembra-me
aquele episódio ocorrido numa escola de marinhagem, em que o instrutor
quis saber do futuro piloto como proceder no meio de uma tempestade:


"Lançava a âncora e dava corda". –E se a tempestade aumentasse?
"Dava mais corda". –E se a tempestade aumentasse ainda mais?
"Dava ainda mais corda". –Homem, e aonde diabo ia buscar tanta corda?
"Olhe, ao mesmo sítio aonde o senhor vai buscar tanta tempestade"!


GÓRGIAS

lingua

A LINGUA, QUEM A PODE DOMINAR?


O palavreado estéril que nos vem submergindo, em prejuízo da resolução
dos graves problemas que nos afectam, actualiza um texto com quase
dois mil anos:


"Pequeno membro que domina a nossa actividade, a língua é como um fogo
de consequências incalculáveis. Animais ferozes sempre foram vencidos,
mas a língua ninguém a pode dominar.


Com ela bendizemos o Senhor, nosso pai, e amaldiçoamos os nossos
irmãos, criados à imagem de Deus". Tiago 3, 1-10.


GÓRGIAS

inem

A SENSEÇÃO DE IMPUNIDADE DO PODER


Sendo as chamadas falsas uma indignidade que muito atrapalha os
serviços de emergência, desviando das reais necessidades de ajuda os
meios de socorro, a brincadeira gravemente abusiva, praticada pelo
grupo parlamentar de um dos partidos do Governo, revela a mesma
carência de formação moral e cívica daqueles que diariamente se
divertem a fazer o mesmo!


De facto, a pesporrência com que se permitiram recorrer a um tal
expediente, que, longe de ter um objectivo nobre, se destinava a
causar embaraços ao principal responsável do INEM, é intolerável, seja
qual for o ângulo de análise.


GÓRGIAS

obsoletas

INSTITUIÇÕES OBSOLETAS SÃO O PROBLEMA


Num tempo em que qualquer "luminária"oferece para tudo soluções de
fancaria, perante o desmotivador fracasso das lideranças, há muito que
se ouvem alertas para o preocupante "complexo do Messias"- anseios por
um líder dominador, de queixo atirado para a frente e ideias
pretensamente iluminadas - mas que não passam de exercícios de
nostalgia, porque o real problema é o colapso das instituições, que
não acompanharam as vertiginosas mudanças entretanto verificadas no
seio das sociedades.


A UE é um caso elucidativo: malbaratando energias e fabulosos recursos
com a forma em prejuízo do fundo, foi construído um império
burocrático que tudo pretendeu harmonizar, até as dimensões do
preservativo, mas depois pariu essa coisa espantosa que foi uma moeda
sem Estado, sobrevalorizada e de adesão facultativa, cujo risco de
implosão não é coisa que se possa dar por afastada…


GÓRGIAS

pote

EI-LOS SEGUROS A CAMINHO DO POTE


Tão exuberantes que nem coram de vergonha quando se propõem os mesmos
processos pelos quais disseram do adversário o que Maomé não disse do
porco, nem se dão à maçada de dizer coisa que se perceba, num discurso
coerente e sério, mostrando pela nossa inteligência um pouquinho mais
de respeito.


Faces rosadas e olhos brilhantes, o porta-voz nunca se acanha com as
perguntas, disparando para todas a mesma saraivada de inanidades e
desdizendo à vontade até o que acaba de afirmar o líder, quando deste
fogem declarações que poderiam ser cómicas, se não fossem demasiado
trágicas!


O comportamento destes políticos parece pretender imitar aqueles
trabalhadores que, quando advertidos para a má qualidade do seu
serviço, respondem sem ponta de brio: isto é para porcos…


GÓRGIAS

caminha

OS INCRÍVEIS DESMANDOS DA "PRESIDENTA"


Uma das debilidades do sistema democrático é permitir o acesso a
lugares de relevo de pessoas que não têm a menor vocação para agir em
democracia. É que gente desta catadura, uma vez eleita, usa os cargos
como se em coutada própria se movimentasse, sem o menor respeito pelas
mais elementares regras.


E parece ser este o caso da senhora que preside à Câmara de Caminha.
Volta e meia, e quase sempre pelos piores motivos, lá vem no JN a
quezilenta figura, tendo calhado, desta vez, implicar com uma
secretária.


Assegurado mais um mandato, achou que podia ver-se livre da
funcionária de forma atrabiliária, "decretando" que ela não precisaria
daquele salário para viver, quem sabe se por tê-lo já prometido a um
qualquer "afilhado". Se ao menos a lei obrigasse estas pessoas a pagar
do próprio bolso o custo dos desmandos praticados, tais abusos de
poder seriam certamente menores…


GÓRGIAS

artistas

ARTISTAS IDOSOS COM MÍSERA PENSÃO


Que gente iletrada receba uma parca reforma, ao fim de uma vida de
trabalho braçal, de Sol a Sol, porque aqueles para quem trabalhou
também assim viviam, não sabendo sequer o que era Segurança Social,
sobretudo nas aldeias, nos trabalhos do campo, não surpreende ninguém.


Mas é com espanto que vejo gente de outro estrato cultural, alguns que
devem ter sido principescamente pagos, queixar-se do mesmo, como nos é
mostrado na "Notícias TV" !


Sendo algumas destas pessoas artistas famosos, a situação de que se
queixam demonstra que a sua incontestada competência profissional foi
largamente ultrapassada pela incompetência na gestão da vida pessoal.


GÓRGIAS

despoluir

BOM EXEMPLO RARAMENTE SEGUIDO


Deixou o Governo para tentar a câmara do Porto, usando linguagem tão
edificante como "até os comemos" e propondo, caso ganhasse, fazer
saltar o leão da Boavista e colocar lá um dragão…


Copiosamente derrotado, optou por despoluir a paisagem política da sua
presença, raro exemplo que bom seria fosse seguido por muitos, dando
lugar a gente com outras receitas e outra concepção do mundo.


GÓRGIAS

desvios

NEM TUDO SÃO DESVIOS, DESFALQUES E BURACOS


Sendo o domínio da linguagem uma das aptidões intelectuais básicas, as
pessoas que ascendem a lugares preponderantes na hierarquia do Estado
não podem usar expressões dúbias, que se prestem às mais desbragadas
utilizações na luta politico-partidária.


Sabendo as conotações que, no nosso léxico, são atribuídas à palavra
"desvio", apesar de ter ficado demonstrado que o primeiro-ministro não
usou a expressão que lhe foi atribuída, alguns "guerrilheiros" do seu
partido logo tentaram fazê-la "render", até que um ministro esclareceu
tudo, seguindo-se as imagens do que realmente foi dito.


Infelizmente, dadas as restrições de todo o tipo que tolhem a
economia, os famigerados "desvios" vão ficar connosco por muito tempo,
sem que isso signifique que alguém se aboletou com os milhões em
falta…


GÓRGIAS

sábado, 16 de julho de 2011

energias

PODEM ATÉ CHAMAR-LHE IDEIA DE JERICO…


Num encarte há dias entregue com o JN, são dadas a conhecer várias
empresas envolvidas nas energias renováveis, cada uma apresentando o
seu processo mas tendo, em todo o caso, de ser o cliente a
desembolsar…


Ora, sendo generoso o nosso Sol, é estranho que não haja uma só
empresa com a imaginação de propor parcerias em que uns fornecem a
área para instalação dos equipamentos e as empresas o material,
recebendo elas da EDP o lucro da energia sobrante produzida.


GÓRGIAS

COMO QUEM ATIRA UMA CÔDEA A UM CÃO


Nos tempos em que a Europa era coutada de Bourbons e Habsburgos,
Voltaire queixava-se de que, quando precisava de viajar, era obrigado
a mudar de leis com a mesma frequência com que mudava de cavalos.


Embora a tentativa de construção europeia venha atenuando aquelas
discrepâncias, não se vislumbra no horizonte o próximo sucesso da
grande nação Europa, como a presente crise vem demonstrando, com os
grandes a defender com unhas e dentes os seus próprios interesses,
acabando por ceder alguma coisinha aqui e ali, mas assim como quem
atira uma côdea a um cão.


Assim, queira Deus que o egoísmo de nacionalismos e patriotismos
exacerbados, responsáveis por actos de má memória num passado não
muito longínquo, não venham de novo à superfície para pôr tudo em
causa…


GÓRGIAS

Louçã

O SOBE E DESCE DE FRANCISCO LOUÇÃ


Quando via a determinação com que Francisco Louça ajudou a entregar a
governação à gente dos negócios palpitou-me o desaire que lhe
sucederia, baseado num apontamento de Francesco Alberoni acerca do
crítico crítico…


"Aquele para quem nunca nada está bem. Que denuncia, estigmatiza,
deita abaixo; só fica contente quando descobre um defeito, demonstra
uma incoerência; esmiúça, reduz a bocadinhos, mas nada arrisca
construir"!


GÓRGIAS

melros

NEM MELROS CANTAM NESTES ARVOREDOS…


Com o falacioso argumento de que causam estragos na agricultura,
parece que vai ser autorizada a caça ao melro! Nidificando em locais
acessíveis ao predador humano, esta maravilhosa ave já sofre tais
revezes na sua reprodução que só faltava agora mais esta…


Já é difícil ouvir-se uma rola cantar nas nossas matas, como resultado
da razia que os caçadores lhes têm feito. A ir em frente a mesma
selvajaria com os melros, seremos cada vez mais um povo de "grunhos"
que só vê um lado das coisas.


Queira Deus que tal barbaridade não nos leve da fartura à fome e
tenhamos de chorar-lhes a falta, como o grande poeta de Ponte de Lima,
António Feijó, quando representava Portugal na Suécia:

Terras do Norte, meu longínquo exílio!
Águas tranquilas, pinheirais, rochedos…
Por estes bosques nunca andou Virgílio,
Nem melros cantam nestes arvoredos…


GÓRGIAS

natal

DIREITOS ADQUIRIDOS COM FRÁGEIS ALICERCES


Sendo a inteligência um bem escasso, porque o cérebro não a "segrega"
como a bílis segrega o fel, "rezemos" para que ela não seja usada para
fins contrários ao interesse geral.


Como se a simples troca de agentes da governação pudesse fazer chover
leite e mel, assiste-se ao descarregar contra os novos protagonistas
da mesma disenteria verbal com que increpavam os anteriores, sendo
agora o tema das nauseantes lamúrias o corte no subsídio de Natal.


Dramatizam que vão ficar sem metade daquela prestação, o que nem
corresponde exactamente à verdade, quando o que realmente pode vir a
ser dramático é a redução para as empresas da TSU, enfraquecendo a
Segurança Social em favor dos que sabem muito bem defender-se!

Nota: O meu escrito "Nem melros cantam nestes arvoredos" saiu com o
nome de António Teixeira…


GÓRGIAS

inferno

O INFERNO PINTADO COM CORES ALEGRES


Como aquela moça "cabecinha leve" que, vivendo já em mancebia, se
rebola em joguinhos sedutores com outros, porque é assim que a vida
lhe parece excitante, assim também muito endividado se deixou resvalar
pelo falso caminho das facilidades, embarcando numa vida sem regras.


Sucumbindo à tentação do crédito fácil, impressiona como pode alguém,
no domínio da razão, contrair empréstimos nas condições "cavalares"
que continuam a ver-se publicitadas como sendo a via da felicidade,
mas mostrando que o infeliz que recorre àquilo, para um crédito de
10.000 € terá pago, no fim do contrato, 17.700, isto é, quase o dobro!


Tão proibitivo esquema poderá ser útil para um negócio de ocasião com
elevado retorno à vista, nunca para satisfazer apetites de consumo
supérfluos …


GÓRGIAS

pepinos

É ESTE O TÃO CANTADO RIGOR ALEMÃO ?


Habituaram-nos a ver os alemães como gente objectiva, rigorosa e
profissional em tudo, adjectivos que vêm sendo desmentidos no estranho
caso E.coli .


Por acusações levianas, muita gente que trabalha duro foi prejudicada.
E mesmo que fosse o pepino a transportar a bactéria, coisa natural,
dado ser um produto da terra, é do senso comum que não se comam sem
lavar bem, sendo mais curial acusar quem os preparou e serviu !


GÓRGIAS

padre

A FALTA DE PADRES NÃO PODE JUSTIFICAR ISTO!


Pelo que Paulo Ferreira descreve, com factos e datas, Manuel Alves é
tudo menos o que um padre católico deve ser. E se este senhor quer ver
as mulheres de "burka," está na religião errada.


Alguém no seu perfeito juízo achará indecente uma menina de 16 anos
vestida como Liliana? Que Deus me perdoe, mas quer-me parecer que um
comportamento destes esconde uma grande montureira de esterco!


górgias

quinta-feira, 19 de maio de 2011

CULTURA

VOLTAREMOS AOS TEMPOS DE MENOSPREZO PELA CULTURA ?


O homem não disse que ia acabar com a cultura, porque tal não é coisa
ao alcance de qualquer, mas que um candidato a primeiro-ministro tenha
tido o desplante de afirmar que acabará com o ministério da cultura
não deixa de ser preocupante.


Realmente, a boçalidade com que se pretende fazer crer que a cultura é
coisa de somenos, pouco mais que um centro de custos sem qualquer
contrapartida, diz muito de quem se atreve a tais alarvidades…


Esperemos estar longe dos tempos negros em que se queimavam livros que
não cantassem as maravilhas da ideologia reinante, e daquela
tristemente célebre figura que afirmava puxar logo da pistola sempre
que ouvia falar de cultura!


GÓRGIAS

Catrogadeministro...

SEJAMOS PACIENTES COM OS DELÍRIOS DO HOMEM …


Em recente entrevista, num tom que chegou a raiar a grosseria,
Teixeira dos Santos, educado e paciente, afirmou, a dado passo, que
não iria falar do futuro porque, dizia, sempre que o fazemos
estragamos esse futuro.


Ao contrário disto, aquele "avozinho" que, diz-se, poderá vir a ocupar
o posto do actual ministro das finanças, não se mostra nada preocupado
em nos encravar ainda mais, tal a dose de disparates que lhe "saem"
espontaneamente, como diz…


O líder do partido nem se coíbe de desautorizá-lo, mas nada trava o
bom do homem, que até já vi emocionar-se com o calibre dos próprios
dislates. Naquela fatia que me pertence de médico e louco, tenho para
mim que deverá ser o seu subconsciente a empurrá-lo para tais
desbragamentos, tornando assim inviável a sua nomeação para o
ambicionado cargo, livrando-o e a nós de mais cenas rocambolescas.


GÓRGIAS

quinta-feira, 28 de abril de 2011

SUBMARINOS

ESTES POLÍTICOS QUE NOS TRAMAM E CANSAM
Quando Paulo Portas e a sua equipa nos contemplou com os famigerados
submarinos, o seu primeiro-ministro clamava no Parlamento que o país
estava de tanga. Agora que, acerca dessa compra, sabemos coisas nada
condizentes com o rigor, transparência e competência que vem pregando,
como quer que o não vejamos entre os que desacreditam a classe
política ?

No momento em que se lhes perspectiva o regresso, é bom lembrar que
foi há meia dúzia de anos apenas que negócios como o referido, e
outros nada ortodoxos, tiveram lugar, no curto período em que lhes foi
permitido ocupar cargos de governação, não sendo descoco imaginar as
tranquibérnias que se seguiriam se lhes tivessem dado mais tempo…

domingo, 17 de abril de 2011

CRIMINOSOS

HÁ MÃO CRIMINOSA EM MUITO MAIS


Lê-se no JN que há mão criminosa na maior parte dos incêndios que, ano
após ano, nos deixam ainda mais pobres e isto é um dado há muito
adquirido.


Infelizmente, não é só nos incêndios; há mão criminosa em quase tudo
aquilo que está na origem da situação em que nos encontramos, a
começar no regabofe escandaloso que se seguiu à entrada dos primeiros
milhares de milhões comunitários, cujo destino original era bem claro:
ajudar o país a preparar o futuro.


Ao contrário de outros povos, regularmente assolados por catástrofes
demolidoras, estamos aqui num cantinho que tem sido poupado a
tragédias dessa magnitude, devendo-se mais à nossa própria incúria o
que às vezes acontece para além do normal.

Temos tudo para dar certo, mas andamos enleados naquela teia urdida
pelo chico esperto ao burgesso, com este anestesiado porque, segundo o
prof. José Gil, para o burgesso português há sempre outro mais
burgesso do que ele…


GÓRGIAS

ASNEIRAS

NADA SE APRENDE FALANDO DE MAIS


Não recordo onde li que o ser humano demora dois anos para aprender a
falar e a vida inteira para aprender a estar calado. E como adoramos
dizer coisas, obviamente produzimos muita asneira.


Quem ouve os programas de "antena aberta" das rádios e televisões fica
"esclarecido" das razões da nossa desgraça: são sempre os outros os
ladrões, incompetentes e desonestos, nós não temos a menor culpa do
que nos acontece .

E é assim em tudo, estando para aparecer alguém a reconhecer que está
mal porque não soube gerir a sua vida, como ficou evidente um dia
destes numa televisão, onde mais uma família em dificuldades chorava a
sua desdita mas nem uma só vez lamentou ter esbanjado sem pensar no
futuro.


O filho, universitário, afirmou ter participado nas recentes
manifestações, "para exigir os nossos direitos". Mas, no afã de
reivindicar direitos, nem lhe ocorre que também há deveres. E, no
decorrer da conversa, lamentou o sacrifício dos pais para que ele não
passasse "privacidades"…


GÓRGIAS

ALDRABÕES

POR ONDE ANDA A POESIA ?


Naqueles dias românticos da "revolução dos cravos" era a cantiga a
preceito que animava as multidões por uma vida com futuro; nestes
negregados tempos são palavrões o que apetece, quando raras figuras
que nos mereciam respeito se deixam embalar pela música inquinada da
vulgaridade geral, dão o dito por não dito e renegam os princípios que
eram sua bandeira!


Já houve um caso similar ao que hoje nos interpela, com respeitado
académico animado a combater a porcaria reinante. Mas, quando amargava
a derrota, caiu no laço de um pândego, que imitou na perfeição a voz
do vencedor, e aceitou "com muita honra" um falso lugar de ministro…


GÓRGIAS

NOBEL

NÃO PREMIADOS COM O NOBEL


Excelente a forma como Vera Monteiro apresenta a notável selecção de
autores que o Público põe à disposição dos leitores.
Quanto ao que pesa na escolha de uns e não de outros para o Nobel,
parece-me que o sr, Espmark, dada a sua posição, não poderá dizer
coisa muito diferente…

Numa ficção com larga margem de verosimilhança, Irving Wallace, depois
de quinze anos de pesquisas, publicou, há mais de cinquenta anos, "O
PRÉMIO" , que trata justamente os meandros do prémio Nobel.
Fazendo parte do comité de recepção aos laureados, o personagem conde
Bertil jacobsson, a pedido de alguns, explica como se chega à
conclusão de que é este e não aquele o merecedor do prémio.
Muita gente acredita – diz- que os laureados são uma espécie de
semideuses e que a ordem para os premiar vem lá do alto, mas nem os
prémios são concedidos por decreto divino nem os juízes que os
atribuem têm sabedoria superior.
São gente conhecedora, sim, mas não deixam de ser mortais, com
preconceitos, preferências e aversões, suas manias e vaidades. E
explica que a não atribuição do prémio a Zola se deveu ao facto de
Alfred Nobel não gostar do que ele escrevia. E como o patrono tinha
morrido havia pouco, não teve a Academia coragem, além de que não
possuíam grandes conhecimentos de literatura.

Tolstoi, numa primeira fase, não teve ninguém a propô-lo. Mais tarde,
foi a sua crítica aos prémios literários e o fanatismo religioso que
deram argumentos para que o não premiassem.
É que a vida particular e crenças pessoais, diz jacobsson, prejudicam
os candidatos, como aconteceu com André Gide, homossexual assumido,
que esperou muitos anos até que o preconceito abrandasse. Também
Benedetto Croce, antifascista que odiava Mussolini, acabou por ser
preterido em favor de Luigi Pirendello, suspeitando-se de pressões do
ditador.

GÓRGIAS

sexta-feira, 25 de março de 2011

REVOLUÇÃO

HAJA UMA REVOLUÇÃO EM CADA CABEÇA


Circulam por aí uns quantos despenteados mentais frustrados porque,
das megamanifestações que houve, nem uma só montra partida, nem um
carrito incendiado se viu, como acontece lá fora, enfim, como dizia
Ortega y Gasset, acham que a forma certa de protestar a falta de pão é
queimar as padarias!


E a verdade é que foi o descontrolo das pessoas em possuir coisas sem
saber como pagá-las que fez com que acabassem elas próprias possuídas
pelas coisas, com a gravidade de terem dado à geração seguinte uma
falsa ideia de prosperidade.


Insana a crença daqueles que acham que trocando o Zé pelo Pedro
passaremos a navegar em mar de rosas, quando o que nos espera são
muitos anos de sacrifícios, até reformularmos a nossa forma de estar
na vida, tenha o Governo as cores que tiver.


A páginas tantas de "Os Maias", há cento e tal anos, Eça de Queirós
pôs João da Ega, falando de política, a querer saber do empréstimo, se
o dinheiro vinha ou não vinha, tendo ouvido que o dinheiro viria
porque essa era a razão de existir dos ministérios, cobrar o imposto e
fazer o empréstimo, e assim havia de continuar, desde que não houvesse
distúrbios que assustassem os mercados… curioso, como já se usava esta
expressão: mercados


GÓRGIAS


HAJA UMA REVOLUÇÃO EM CADA CABEÇA


Circulam por aí uns quantos despenteados mentais frustrados porque,
das megamanifestações que houve, nem uma só montra partida, nem um
carrito incendiado se viu, como acontece lá fora, enfim, como dizia
Ortega y Gasset, acham que a forma certa de protestar a falta de pão é
queimar as padarias!


E a verdade é que foi o descontrolo das pessoas em possuir coisas sem
saber como pagá-las que fez com que acabassem elas próprias possuídas
pelas coisas, com a gravidade de terem dado à geração seguinte uma
falsa ideia de prosperidade.


Insana a crença daqueles que acham que trocando o Zé pelo Pedro
passaremos a navegar em mar de rosas, quando o que nos espera são
muitos anos de sacrifícios, até reformularmos a nossa forma de estar
na vida, tenha o Governo as cores que tiver.


A páginas tantas de "Os Maias", há cento e tal anos, Eça de Queirós
pôs João da Ega, falando de política, a querer saber do empréstimo, se
o dinheiro vinha ou não vinha, tendo ouvido que o dinheiro viria
porque essa era a razão de existir dos ministérios, cobrar o imposto e
fazer o empréstimo, e assim havia de continuar, desde que não houvesse
distúrbios que assustassem os mercados… curioso, como já se usava esta
expressão: mercados


GÓRGIAS

segunda-feira, 14 de março de 2011

RASCAS

COITADOS DOS QUE VÃO EM CANTIGAS…


Alguém já disse que a natureza humana não mudou muito desde as
cavernas. Nesses tempos, era admirado e tinha sucesso quem fosse
melhor caçador e guerreiro; hoje, embora por meios mais sofisticados,
é a mesma coisa.


Quem se desculpa culpa-se, e esses meninos e meninas que acham que
tudo lhes é devido e servido em bandeja, lembrem-se de muitos dos seus
pais e avós, a quem foi imposta uma guerra estúpida e quando quiseram
refazer a vida tiveram de buscar trabalho por esse mundo fora!


GÓRGIAS

quinta-feira, 10 de março de 2011

EMPREENDEDORES

APRENDER A DANÇAR À CHUVA


Alheia à charca política em que se entretêm muitos dos eleitos do povo
no Parlamento, que se acham tranquilos usando a casa da Democracia
como arena para exibicionismo das suas vaidades, vai emergindo, nas
mais variadas áreas do saber e saber fazer, uma estimulante
quantidade de bons crânios que transportam a nossa grande esperança em
tempos melhores.


São gente que bem justifica o incremento do investimento em I&D, que
não queima o precioso tempo em queixinhas e desculpas para nada fazer,
gente que, em vez de se encolher à espera que a tempestade passe,
escolheu aprender a dançar à chuva. E podemos estar seguros de que
todos vamos beneficiar do seu empenho em fazer pelo país coisas
importantes.


É isto que contrasta, de forma flagrante, com a lenga-lenga estéril
que nos é servida nos debates quinzenais no Parlamento, de onde o que
é dado como "vencedor" da coisa é o que debitou a frase mais
contundente ou o chiste mais hilariante…


GÓRGIAS

sexta-feira, 4 de março de 2011

Soares dos Santos

COSPEM NO PRATO EM QUE COMEM


A forma inusitada como foi tratado por um empresário da grande
distribuição, ainda por cima em evento político-partidário, mereceu do
chefe do Governo a resposta necessária e suficiente.


Mas o que é revoltante é ver estes senhores, que têm engordado de
forma obscena à custa do grande sacrifício dos produtores, a quem
pagam o que querem e quando querem, e dos trabalhadores das suas
lojas, de quem fazem pau para toda a colher, queixar-se de que o país
não os merece, usando quem governa como bode expiatório, gritando
contra tudo que é controlado pelo Estado, ao mesmo tempo que se
queixam da falta de apoios do Estado!


Fazendo tábua-rasa do preceito que manda que a esquerda não veja o que
dão com a direita, estas boas almas, que costumam reivindicar o
estatuto de bons cristãos, fazem questão de apregoar bem alto quando
da sua farta mesa deixam cair umas migalhas para apaziguar os ânimos
dos escravos que os servem…


GÓRGIAS

quarta-feira, 2 de março de 2011

ANTÓNIO FEIJÓ

AMOR TRAÍDO É FADO DESGRAÇADO


O enamoramento cantado por Rita Candeia soa mais a masoquismo do que
ao amor como agrada a Deus…

A verdade é que o que hoje mais se vive são relações meramente
utilitárias, pois o amor eterno que mutuamente é jurado apenas é
eterno enquanto dura, como dizia o poeta brasileiro.

Porque as verdadeiras histórias de amor são hoje tão raras, vale a
pena lembrar a que viveu e sofreu o notável poeta e diplomata António
Feijó, natural de Ponte de Lima.
Tendo sido colocado na Suécia, aí se enamorou e casou com uma natural
do país, jovem de esmerada educação e rara beleza. Afectada, tempos
depois, por grave doença, depressa a morte venceu esta senhora,
deixando o marido em tão grande angústia que pouco lhe sobreviveu.

Permito-me respigar, dos poemas "Inverno" e "Pálida e loira", os
versos que seguem:
Olhos daquela que eu estremeço/Se de tão longe pudésseis ver-me!
Olhos divinos que eu nunca esqueço/morro de frio, vinde aquecer-me!
…….
Tinha a cor da rainha das baladas/ E das monjas antigas maceradas,
No pequenino esquife em que dormia…
Levou-a a morte em sua garra adunca!/E eu nunca mais pude esquecê-la, nunca!
Pálida e loira, muito loira e fria…

Cabe aqui um devido louvor à C M de Ponte de Lima, que, na presidência
de Daniel Campelo, assumiu a edição da vasta obra poética de António
Feijó, que andava injustamente esquecida.

GÓRGIAS

sábado, 26 de fevereiro de 2011

ELEIÇÕES

É BOM PARA QUEM, ABORTAR A LEGISLATURA ?


Por muito que queira deixar a imagem de segurança de quem sabe bem o
que quer e para onde vai, muita coisa soa a falso no nosso líder da
Oposição, que oxalá o futuro não confirme sofrer da síndrome de
Cristóvão Colombo: quando partiu, não sabia para onde ia; quando
chegou, não sabia onde estava.


De facto, bem pode o jovem político apregoar não querer ir com muita
sede ao pote, que as pressões que vem sofrendo do interior do Partido
potenciam tais incoerências que deixam muitas dúvidas quanto ao que
acham mais importante: satisfazer já a sede de poder ou defender o
interesse nacional ?


Saber o momento certo para derrubar o Governo, eis o drama que vivem
os sequiosos de poder. Nem cedo de mais que provoque curto-circuito em
programas que apadrinharam e estão a resultar; nem demasiado tarde que
permita a Sócrates subir do inferno, como já alertou o divertido prof.
Marcelo…


GÓRGIAS

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

ANTÓNIO FEIJÓ

RECORDANDO ANTÓNIO FEIJÓ


Ponte de Lima 1859
Estocolmo 1917

Formado em Direito por Coimbra, exerceu advocacia por algum tempo, até
se virar em definitivo para a carreira diplomática.
Começou pelo Brasil, onde ocupou vários postos e foi admitido sócio da
Academia Brasileira de Letras.
Do Brasil passou para a Suécia, onde se manteve por mais de vinte
anos, tendo sido elevado à categoria de ministro plenipotenciário.
Casou aí com uma sueca, que morreu prematuramente, deixando-o de tal
forma desfeito que pouco tempo lhe sobreviveu.
Uma dezena de anos depois da morte, os seus restos e os da sua mulher
foram transladados para o cemitério de Ponte de Lima.
No túmulo em que descansam pode ler-se esta inscrição:
O amor os juntou e nem a morte os separou.

Nascido no exuberante Minho, amigo da boa comida da região, é fácil
perceber que só o dever e um grande amor puderam segurá-lo tanto tempo
no inóspito clima do Norte da Europa, que descrevia em poemas assim:

Terras do Norte, meu longínquo exílio!
Águas tranquilas, pinheirais, rochedos…
Por estes bosques nunca andou Virgílio,
Nem melros cantam nestes arvoredos…

Terras do Norte, meu longínquo exílio…

Lagos sem fim; desertos sem miragem;
Mares sem ondas na toalha azul;
Nem uma ave de auroreal plumagem,
Nem uma planta que recorde o Sul!

Lagos sem fim, desertos sem miragem…

Longos ocasos de esvaídas cores,
Na paz discreta em que as paisagens morrem,
Nem choram fontes nos jardins sem flores
Nem voam aves nem as águas correm.

Longos ocasos de esvaídas cores…

O azul do céu é desmaiado e frio;
O azul dos olhos sem fulgor latente;
Doira os cabelos este sol de estio
Mas não aquece o coração da gente…

O azul do céu é desmaiado e frio…

CASTELO EM RUINAS
Meu triste coração, como um castelo antigo,
Que a legenda vestiu de espectros e visões,
A lembrança do tempo em que sonhou contigo,
Sustenta-o como a era às velhas construções
Meu triste coração, como um castelo antigo…

De noite, quando o orvalho os lírios humedece,
Como se a lua andasse e os astros a chorar,
Nas sombras da ruína afirmam que aparece
Uma estranha visão de alvura singular,
De noite, quando o orvalho os lírios humedece.

Semelhante à visão que no castelo existe,
Também no coração, rasgado pela dor,
Eu sinto perpassar, no seu sudário triste,
O espectro sepulcral do meu perdido Amor,
Semelhante à visão que no castelo existe…

INVERNO
Noite profunda, noite impossível!
O alvor da neve cobrindo tudo,
Torna o silêncio quase visível…
O alvor da neve cobrindo tudo.
São como espectros
de coisas mortas
As grandes sombras
dos arvoredos…
São como espectros
de coisas mortas,
Lentos, dizendo
graves segredos.
Noite profunda, céu sem estrelas,
Só na minha alma soluça o vento,
Só na minha alma rugem procelas,
Só na minha alma soluça o vento!
E a neve rola
continuamente,
Na sua imensa desolação;
E a neve rola
continuamente,
Mas cai-me toda
no coração.
A noite imensa tudo escurece,
Mas os meus olhos, da terra estranha,
Voam às praias que o sol aquece,
Às praias de oiro que o Tejo banha!
Ó meus
amigos, quando eu morrer
Levai meu
corpo despedaçado,
Para que eu
possa, já sem sofrer,
Dormir na
Morte mais descansado!


Nasci à beira do Rio Lima,
Rio saudoso, todo cristal;
Daí a angústia que me vitima,
Daí deriva todo o meu mal.
É que nas terras
que tenho visto,
Por toda a parte
por onde andei,
Nunca achei nada
mais imprevisto,
Terra mais linda
nunca encontrei.
São águas claras sempre cantando,
Verdes colinas, alvor de areia,
Brancas ermidas, fontes chorando
Na tremulina da lua cheia…
É funda a
mágoa que me exaspera,
Negra a
saudade que me devora…
Anos
inteiros sem primavera,
Manhãs
escuras sem luz de aurora!
Ó meus amigos, quando eu morrer
Levai meu corpo despedaçado,
Para que eu possa, já sem sofrer,
Dormir na Morte mais descansado.
Olhos
daquela que eu estremeço,
Se de tão
longe pudésseis ver-me!
Olhos
divinos que eu nunca esqueço,
Morro de
frio, vinde aquecer-me…
SILÊNCIO
Longos dias sem luz, sem horizontes claros,
Tardes setentrionais dum silêncio sem fim…
E esses olhos do Sul a brilhar como faros,
Mas suspensos do azul, muito longe de mim!
……..

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Portas

QUEM NÃO O CONHECER QUE O COMPRE


A política espectáculo em que Paulo Portas é exímio, aliando
desfaçatez e demagogia barata, com boné ou sem boné, foi mais uma vez
posta em prática, em entrevista ao JN, onde acusa o PSD de ser um
partido de caciques, ao mesmo tempo que se propõe parasitá-lo de novo.


Pesem os custos que todos suportámos, muita gente se divertiu
à grande com as hilariantes figuras de Portas ministro, de que recordo
ter aproveitado para residir num forte militar;
Ter vindo a Ponte de Lima, a pretexto de nada, impor a ministerial
figura a um homem que tinha ofendido, só porque, quando teve que
decidir entre os interesses do país e do Concelho que presidia e a
politiquice partidária, escolheu os primeiros;
Ter justificado a escolha de uma Secretária de Estado da sua simpatia
política, argumentando que ser filha e neta de generais a qualificava
para o cargo;
Ter impedido de atracar na Figueira um barco estrangeiro, de que
resultou uma condenação para o país;
Ter provocado, ao Secretário da Defesa de Bush, quando cá veio à
procura de cúmplices para o crime da invasão do Iraque, uma gargalhada
de comiseração, quando teve a modéstia, perante as câmaras da TV, de
comparar à do americano a sua própria carreira, enfim, um nunca mais
acabar de cenas caricatas, em que só faltou vê-lo fardado de marechal
numa parada militar…


GÓRGIAS

sábado, 5 de fevereiro de 2011

economicidas

ESTAMOS FARTOS DE ECONOMICIDAS


É impressionante a quantidade de economistas que rezam pela vinda do
famigerado FMI, segundo dão a entender, para evitar que o país
continue a deixar avolumar os problemas…

Como se os sacrifícios que vimos fazendo ainda fossem a brincar, acabo
de ler um professor de economia afirmar que a vinda daquela
organização apenas nos vai obrigar a fazer o que andamos a fingir que
fazemos!

O saudoso João Carreira Bom chamou-lhes economicidas, e a ideia com
que ficamos, de tanto génio da economia, cada um se esforçando por ser
mais catastrofista do que o outro, é que não é desse lado que nos virá
a salvação, e que quanto mais falarem mais agravam os problemas.

De facto, a denodada luta de tanto sábio, em nos querer impingir
soluções ao desbarato, remete-me para a lei da gravidade de Fulton
(leis de Murphy): "o esforço dispendido para apanhar algo em queda
livre causa mais destruição do que deixá-lo cair a pique"…


GÓRGIAS

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

CARTÃO

E SE OLHÁSSEMOS POR NÓS ABAIXO…


O que, no momento, está a dar, é a questão do cartão do cidadão que
não permitiu a alguns exercer o direito/dever de voto, e será tanto
mais explorada quanto não for rapidamente desmontado o embuste, que
parece já haver quem queira fazer render, de que tal incidente é
responsável pela indigente votação alcançada pelo PR eleito.


Eu também possuo o novo BI e não tive qualquer problema em votar.
Bastaria um simples exercício, àqueles que agora reclamam, que era,
uns dias antes, ter ido à sua Junta de Freguesia procurar saber em que
Assembleia de Voto poderiam fazê-lo…


Infelizmente, um dos nossos atavismos é estar sempre à espera de que
alguém faça por nós o que nós próprios podemos e devemos fazer. Cabe
aqui uma frase lapidar, de que não recordo agora o autor. "Se
realmente queres mudar o Mundo, começa por mudar a parte dele que
melhor conheces: tu próprio!"


GÓRGIAS

ELEIÇÕES

BEM DIFÍCIL ENTENDER ISTO


Não paramos de nos queixar de que as coisas vão de mal a pior, seja
qual for o sector da vida nacional, mas quando temos oportunidade, no
importante exercício da Democracia que são as eleições, de mudar os
protagonistas, deixamos que tudo fique na mesma!


Em crucial momento da sua história, cansados de miséria e de trabalhar
para sustentar oligarquias corruptas, milhões de brasileiros decidiram
confiar o poder supremo a um modesto operário, homem com pouca
instrução académica mas catedrático na escola da vida. O resultado
surpreendeu o mundo inteiro: O Brasil deu passos de gigante em todas
as frentes e na distribuição da riqueza produzida..


Por cá, chegado o momento de decidir, mais de metade demite-se do
dever cívico; dos restantes, mais de metade fica tão embasbacada com
um prof. doutor, que nem lhe ocorre questionar as incongruências do
homem.


Aí pelos anos oitenta, na RTP, era muito popular um programa semanal,
protagonizado por uma parelha de cómicos, que parodiava um casal de
bêbados, que repetia com alguma graça este estribilho: Este país é um
colosso. Está tudo grosso, está tudo grosso…


GÓRGIAS

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Eanes

APOIO DE RAMALHO EANES A CAVACO


Ramalho Eanes está, julgo que pela segunda vez, numa campanha de
cavaco. É sabido que sempre se entenderam bem e que o extinto PRD,
dito eanista, fez a Cavaco o grande favor de fazer cair a seu primeiro
governo, que era minoritário, de que resultaram eleições que lhe deram
a primeira maioria absoluta, mas também o princípio do fim daquele
partido, que, desde então, nunca mais se encontrou.


Estando Eanes, em termos de estatura moral e cívica, nos antípodas de
Cavaco, que não passa de oportunista sem escrúpulos, só algo muito
difícil de entender contra a esquerda, que, de resto, foi quem sempre
o apoiou nos momentos mais difíceis, poderá justificar o reiterado
apoio do general a um homem que tantos estragos tem causado a
Portugal…


Na verdade, enquanto Cavaco se vê obrigado a grasnar ao megafone: eu
sou sério e "hònesto", eu sou sério e "hònesto", Eanes nunca precisou
de recorrer a tão triste espectáculo. E aquela parte dos cidadãos
minimamente culta e informada, sabe que quem realmente é sério não
precisa de o apregoar constantemente, até porque não há nenhum
vigarista que diga que o é.


Sabe-se como Eanes exerceu, em período realmente difícil, dois
mandatos cuja dignidade nunca ninguém se atreveu a pôr em causa. E
sabe-se como recusou as dragonas de marechal com que lhe quiseram
enfeitar os ombros. E sabe-se como recusou uma elevada quantia, que,
depois de ter deixado as funções de PR, foi decidido que lhe era
devida, no âmbito da carreira militar.


Não existe, portanto, qualquer similitude entre um homem que realmente
serviu com invulgar verticalidade e um reles politiqueiro, alma de
lodo que não compreende as funções que desempenha senão pelos
proveitos materiais que daí lhe advenham.


GÓRGIAS

Eanes

RECORDANDO BERTRAND RUSSELL


Num tempo em que, mais do que nunca, a ganância do ter se sobrepõe ao
ser, permitam-me lembrar a mensagem que Bertrand Russell legou à
humanidade futura, passados que são já quarenta anos da sua morte.

"Gostaria de lhes dizer que temos, graças aos conhecimentos actuais,
poderes jamais alcançados pelo homem. Podemos utilizá-los para o bem
ou para o mal. Serão bem utilizados se nos compenetrarmos de que a
humanidade é toda ela uma família, e de que podemos ser todos felizes
ou todos infelizes.
Já lá vai o tempo em que uma pequena minoria podia viver feliz à custa
da miséria das grandes massas. Já ninguém se sujeita a uma tal
situação, e temos de aprender a aceitar a ideia de que o nosso vizinho
também tem direito a ser feliz, se nós próprios queremos ser felizes.
Estou convencido de que, se todos forem educados inteligentemente, não
terão dificuldade em considerar a felicidade alheia como condição
essencial para a felicidade própria.
Às vezes tenho visões de um mundo de seres humanos felizes, onde não
há opressores nem oprimidos. Um mundo de seres compenetrados de que os
seus interesses excedem os interesses da competição, e esse mundo pode
existir se os homens quiserem" .

GÓRGIAS

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Rogeiro

A DÍVIDA E A VIRTUDE

É por demais conhecido o ciúme dos americanos em relação à moeda
europeia, coisa que os leva às mais descaradas manobras para que o
euro não tenha sucesso.
E como não lhes convém chocar de frente com os mais fortes, recorrem à
estratégia covarde de bater em aleijados, com o claro objectivo,
esperemos que vão, de que, a seguir aos mais fracos, tudo se desmorone
por efeito dominó.
Notável, a este respeito, o artigo de Nuno Rogeiro acerca do que vêm
dizendo "bruxos" como Paul Krugman. É que esta gente, em coro com as
célebres três agências, quer fazer esquecer, com o ruído que produz, a
sua conivência no descalabro que, da pátria do capitalismo, se
disseminou para o Planeta inteiro!

GÓRGIAS

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

homo

ESTRANHA FORMA DE VIDA


Apesar de, segundo se julga saber, ser tão antiga como a própria
humanidade, a homossexualidade, em ambos os géneros, a todo o momento
se nos revela obscena e contra natura, e tanto mais quanto os seus
praticantes se excedem no exibicionismo das suas bizarrias.

O suspeito de ter morto, com requintes de selvajaria, um conhecido gay
português, podia ser seu neto e, segundo as mais diversas opiniões,
não era conhecido como seu "namorado", antes pelo contrário, era
"mulherengo"…

Segundo revelam as notícias, a famosa figura tinha Nova Iorque como
seu "fetiche", mas não é de crer que lá gozasse de qualquer
notoriedade, sendo abusivo pretender que poderia introduzir o rapaz na
alta roda da moda.

Assim, servindo-se da natural ambição do jovem em ser alguém como
modelo, pode ter-lhe feito promessas que não tinha condições de
cumprir, com a reserva mental de poder ter acesso a "carne fresca",
expressão repugnante que ainda há pouco ouvi a um tal Serzedelo.

Como uma desgraça nunca vem só, revelando a falsa escala de valores
com que a juventude de hoje se faz adulta, o rapaz escolheu a pior
forma de sair da embrulhada em que se deixou embarcar.


GÓRGIAS

sábado, 8 de janeiro de 2011

Fwd: cartas

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                       QUE PAÍS É ESTE, SR. PROFESSOR ?


Já cá faltava a "parábola" da pessoa comum que se dirige ao político
da sua simpatia verberando o comportamento dos concorrentes… Já tinha
havido a estória da velhinha, a do Zé e agora surge a do emigrante que
se dirige a sua excelência, triste e desapontado:" mas que país é
este, sr. professor ?" .


E a verdade é que se este "sr. professor", que tem de si próprio tão
elevado conceito, tivesse a mínima noção do que anda a fazer, vendo
que nada resolveu e sabendo que nada vai resolver, pela simples razão
de que aquilo em que ele se autoproclama de competente, como
Presidente da República não lhe serve para nada, não se tinha
recandidatado!


Se realmente este "sr. professor" tivesse a verdadeira noção dos
limites e do ridículo, pararia por aqui, deixando de contribuir para
que o país se degrade ainda mais. Poderia dar início a um exercício
muito útil para o futuro, que seria tentar explicar ao seu povo a
razão por que, a seu ver, a sua "escola" política descambou num
alfobre de malandragem.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

campanha

SENDO VERDADE QUE QUEM NÃO DEVE NÃO TEME…


O homem empertiga-se todo, faz caretas, esgares penosos de se verem,
chama nomes feios ao adversário, só porque este, legitimamente, lhe
coloca questões simples e claras.


Mas como a verdade objectiva é capaz de ser embaraçosa, porque gente
que em tempos tutelou tem andado envolvida nas mais escabrosas
falcatruas, de que também poderá ter beneficiado, mesmo que
involuntariamente, acha que é suficiente dizer que está para nascer
alguém mais sério do que ele e não responde como é devido…


Já era assim quando governava. Sempre que as instituições criadas para
evitar os abusos do poder o questionavam, chamava-lhes "forças do
bloqueio"; sempre que a Oposição, no Parlamento, o alertava para a
corrupção que grassava, berrava "isto aqui não é o Uganda"!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

ELEIÇÕES

TEMOS DADO O PODER A QUEM NÃO É DIGNO DELE

Cansados da miséria e do trabalho escravo para sustentar oligarquias
corruptas, os brasileiros decidiram, em boa hora, dar o poder a um
trabalhador com pouca instrução académica, mas catedrático na escola
da vida.

Os resultados são por demais conhecidos. O modesto metalúrgico, que os
oligarcas e seus lacaios tudo fizeram para desqualificar, chamando-o
de vagabundo e comunista, colocou o Brasil no mapa mundial, batendo o
pé em todos os fóruns importantes, fez crescer o país e começou a
distribuir a riqueza produzida, fazendo-a chegar a milhões de
compatriotas com fome.

Ao fim de dois mandatos de alto sucesso para o Brasil, se a lei o
consentisse, seria "automaticamente" reeleito. Era tal a percentagem
de que gozava entre o seu povo, que até se deu ao "luxo" de dizer em
quem deveriam votar para lhe suceder…

Mas este bom exemplo não nos serve para nada. Não só o nosso sistema
não permite ao presidente poderes executivos, como somos um povo sem
respeito por si próprio, que dá o poder a qualquer tratante em função
da clubite partidária. De facto, mesmo que haja a certeza, pelo
historial, de que o gajo é mesmo um filho da mãe, relevamos tudo com a
satisfação de que, ao menos, é o nosso filho da mãe!


GÓRGIAS

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

export

FAZER AS COISAS COM EFICÁCIA E EFICIÊNCIA

Fazer com eficácia e eficiência quer dizer isto: eficácia, fazer a
coisa certa; eficiência, fazê-la bem feita. É isto que têm vindo a
fazer os nossos têxteis, vestuário e calçado, entre outros, com os
consoladores resultados que se vão conhecendo.
E como dá gozo saber que alguns dos que nos trocaram pela China, na
mira do lucro a todo o custo, deram com os burros na água e começam a
regressar, não diria envergonhados pela ganância, porque tais
sentimentos não afectam esses negociantes, mas um pouco embaraçados…
É que não é regredindo aos tempos da primeira revolução industrial,
que é o que se verifica na China actual, no que ao tratamento da força
de trabalho concerne, e que os ultraliberais também querem fazer
connosco, que se consegue alta produtividade e qualidade naquilo que
se produz.
De nada serve dizer, como fazem alguns empresários, que os
trabalhadores são o seu principal activo, se isso não é demonstrado na
prática, respeitando-os como seres humanos e pagando um salário que
lhes permita viver com dignidade e os motive a ser leais à empresa e a
fazer cada vez mais e melhor.
GÓRGIAS

sábado, 1 de janeiro de 2011

campanha

HAJA ESTÔMAGO PARA VOTAR NAQUILO !

A execrável figura que faz de presidente desta República acaba de
fechar, à sua maneira, os debates da pré-campanha.
Quem o conhece há muitos anos, e foge à promiscuidade dos clubismos
partidários, sabe que, para além da sua auto-proclamada sapiência em
economia, é um sujeito inculto, sem vergonha, sem carácter e sem
princípios, enfim, capaz de qualquer canalhice para enganar a populaça
que, na sua ancestral ignorância, transforma em bonzos os mais
execráveis mostrengos .
A baixeza moral revelada, mais uma vez, no frente a frente com Manuel
Alegre, atacando os gestores da CGD que foram destacados para o BPN, é
apenas mais um episódio chocante e demonstrativo de como a criatura
não olha a meios para atingir os fins.
Pretendendo atacar o Governo, atacou, da forma mais ignóbil, gente que
o apoia e já participou em governos seus, mas não diz uma palavra
acerca do mal que fez no BPN a corja que também foi criação sua.
A coisa é tanto mais grave quanto a indigna figura usa, da forma mais
maquiavélica, a ignomínia como se fosse verticalidade!

GÓRGIAS